Parahypatropis, Grazia & Fernandes, 1996

Grazia, Jocélia & Fernandes, José Antônio Marin, 1996, Parahypatropis um novo gênero de Pentatomini (Heteoptera, Pentatomidae), Bioinformatics (Oxford, England) 5 (1), pp. 353-356 : 353-354

Parahypatropis , gen. n.

Espécie-tipo: Hypatropis sinfiuata ( Stål, 1872).

Largura da cabeça ao nivel dos olhos quase igual ao comprimento do pronoto. Tubérculo antenífero armado com um espinho de ponta tomba. Segmento I da antena quase atingíndo o ápice das jugas; segmento V maior que os demais, segmentos I e II, bem como, III e IV, quase iguais em comprimento. Segmento IV sutilmente achatado dorso-ventralmente, com um sulcro longitudinal mediano.

Margens externas das jugas, em vista lateral, acima do nível do clípeo, encobrindo-o. Búculas retilineas e evanescentes junto à base da cabeça. Primeiro segmento do rostro tão longo quanto as búculas e contido no seu interior, total-mente encoberto em vista lateral. Segundo segmento do rostro quase tão longo quanto o terceiro e quarto reunidos.

Pronoto trapezoidal. Ângulos anteriores com um dente distinto. Margens ântero-laterais moderadamente concavas e crenuladas. Margem posterior reta e íntegra. Ângulos umerais pouco desenvolvidos e arredondados.

Metade anterior do mesosterno com uma carena lon dinal recoberta por pêlos curvos e esbranquiçados. šrea ituevaporatória mais escura que o corpo e extendendo-se pelo mesopimero e metapisterno. Metastemo plano.

Pernas. Tíbias com um sulco longitudinal dorsal.

Escutelo. Ángulos basais com 1 + 1 pequenas fóveas negras. Ápice não atingindo a linha imaginária transversal que une os ângulos postem-laterais do V segmento abdominal.

Herniélitro. Angulo apical do cório agudo e terminando entre o VI e VII segmentos abdominais. Pequeno calo amarolo-pálido, no ápice da veia radial. Membrana do hemiélitro hialina e enfuscada. Nervuras de coloração castanha, em número variável (em tomo de 6), que podem ou não se bifurcar.

Conexivo exposto, pontuado e concolor, com uma pequena mácula nas margens anterior e posterior de cada segmento. Ângulos póstero-laterais destacados, pouco projetados posteriormente.

Superfície ventral do abdome com uma linha imaginária tangente aos espiráculos separando os tricobótrios, ficando um extemo e outro externo a essa linha.

Genitália do macho. Pigóforo de contomo quadrangular. Cápsula genital globosa. Abertura da taça genital dorsal. Ángulos póstero-lateraìs arredondados e suavemente projetados posteriormente. Bordo ventral (bv) dividido em dois folhetos, um extemo (febv), recoberto por pontuação escura e profunda na metade distal e outro intemo (fibv) projetando-se dorsal e anteriormente, de cada lado do X segmento (x) (tubo anal), numa pequena expansão subcônica de ápice trancado (cfi). Folhetos contínuos, não separados por uma carena. Parârnero (pa) presente.

Phallus quase tão largo quanto longo. Aparelho articular (aa) com um par de conetivos dorsais curtos, processus capitati (pc) pouco desenvolvido. Membramblase (me) visível em vista dorsal e ventral. Phallotheca (ph) piriforme, abertura posterior com diâmetro pouco maior que o da base; lado dorsal com 1 + 1 processos laterais, processos 1 da phallorheca (prlph), junto à zona de articulação com a placa basal; lado ventral com 1 + 1 processos medianos, processos 2 da phallotheca (pr2ph) curtos, paralelos. Conjuntiva (cj) com dois pares de processos: na face ventral 1 + 1 processos medianos, processos 1 da conjuntiva (prlcj), afilados, curvados e levemente esclerotinizados, localizados um de cada lado dos processos 2 da phallotheca; látero-dorsalmente, processo 2 da conjuntiva (pr2Cj), ampla área membranosa envolvendo a vesica, bifurcada e mais esclerotinizada no ápice. Vesica (v) curvada em direção ventral, com um processo dorsal, processo 2 da vesica (pflv), junto à base, em forma de escudo que se continua em abas, dirigidas ventralmente, onde originam um processo membranoso bi-convexo no ápice, processo 1 da vesica (prlv). Processo do gonopóro secundário longo, espiralado, delgado e frágil, normalmente não se preservando após a dissecação.

Genitália da fêmea. Laterotergitos 8 (laß) e 9 (la9) pouco desenvolvidos e subiguais em comprimento. Ângulos ântero-laterais do gonocoxito 9 (gc9) expandidos e formando braços curvos e dirigidos anteriormente. Gonapófise 9 (g9) com 1 + 1 espessamentos secundários (eg9). Chitinellipsen (ch) presentes. Espessamento da íntima vaginal cônico (eiv). Capsula seminalis desprovida de dentes.

Distribuição: Brasil (São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); e Argentina (Corrientes).