Hypanthracos, Grazia & Campos, 1996
publication ID |
https://doi.org/10.5281/zenodo.4295322 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.15032017 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/F7753B2B-FFE0-FFC2-948E-FDEAFA44ACCF |
treatment provided by |
Luisschmitz |
scientific name |
Hypanthracos |
status |
gen. nov. |
Hypanthracos , gen. n.
Espécie-tipo: Hypanthracos meridionalis , sp. n.
Etimologıa. O nome genérico refere-se à coloração ventral negra (do grego anthracos relativo a carvão; hypo sob, embaixo). Gênero masculino.
Diagnose. Cabeça triangular, jugas afiladas no ápıce, pouco mais curtas que o clípeo e, em vista lateral, posicionadas num plano dorsal do clípeo. Ängulos umerais desenvol-vidos em pequenos espmhos agudos, dirigıdos ântero-lateralmente. Carena do mesotemo estreita e pouco elevada, superfície desnsamente pilosa. Segundo artículo rostral arquea-do, lateralmente comprımıdo. Ápice do 79 segmento do conexivo desenvolvido em espı-iihc llllU CISUUU llUO machos.
Descriçäo. Forma alongada, bastante convexa, especıalmente na face ventral. Ca-beça mais longa que larga, täo longa quanto o pronoto, não declivente. Margens extemas das Jugas sinuosas, convergentes no ápice; jugas afiladas no ápice, mais curtas que o clípeo. Búculas slnuadas, estendendo-se até a base da cabeça; anteriormente em pequeno dente triangular, evanescentes porteriormente. Tubérculos anteníferos encobertos quase totalmente pelas jugas, sendo pouco visíveis em vista dorsal. Rostro alcançando os pri-meiros segmentos abdomınais, 19 artículo contido entre as büculas; 29 artículo arqueado comprimido lateralmente; 39 e 49 artículos subcilíndricos. Pronoto: margem anterior rasamente côncava; dentículos dos ângulos anterıores trıangulares. Metade anterior do pronoto fortemente declivente. Densamente pontuado, coloraçäo de fundo de ocre a co-bre, com pontuaçöes grandes, negras, freqüentemente confluentes. Margens ântero-late-raıs do pronoto íntegras. Ängulos umeraıs desenvolvidos em espinhos agudos, projetados ântero-lateralmente, não alcançando o nível da margem anterior do pronoto. Prıostemo não carenado ou sulcado. Escutelo: coloração e pontuações como no pronoto. Ángulos basais com pequenas fóveas negras. Margens laterais sub-retilíneas, disco do escutelo pouco elevado. Mesostemo com carena estreita e pouco elevada, de aspecto aveludado devido à densa pilosıdade. Hemıélitros: coloraçäo ocre; cório com pontuações negras, menores e mais esparsas que as do pronoto e escutelo, raramente confluentes. Apice do cório quase alcançando a margem posterior do 59 segmento do conexivo. Membrana quase alcançando o ápıce do abdome. Veıas em número de 8 a 10, subparalelas, partindo de uma veıa transversal ıínıca, com exceção de uma ou duas velas mais extemas de acor-do com o exemplar. Metastemo não carenado, rasamente côncavo, densamente piloso. Peritrema ostiolar reduzido, sub-auricular; área evaporatória meso e metapleural bastan-te rugosa e enegrecıda, ocupando pouco mais da metade basal da metapleura e uma área semı-lunar, mais ou menos ampla, junto à margem posterior da mesopleura. Pemas ocre-amareladas, exceto as seguintes áreas negro-foscas: coxas, fêmures anteriores (exceto junto à articulação basal), metade distal dos fêmures médios e posteriores, e Junto à arti-culação basal das tíbıas. Fêmures apresentando uma fileira de cerdas ventrais, larga e uniformemente espessadas. Tíbias dorsalmente sulcadas. Conexivo de coloração ocre, c_om densa e fina pontuação negra intercalada a máculas irregulares ocre-amareladas. Ängulo póstero-lateral do 79 segmento do conexivo dos machos Cm espmho agudo, sen-do 0s demaıs rombos; nas fêmeas todos säo rombos. Abdome totalmente negro-fosco na sua face ventral.
Genitália d‘ pıgóforo com a abertura dorsal reduzıda. Bordo ventral formando dois folhetos carenados, um mais ventral (extemo) e outro maıs dorsal (interno), interca-lados por uma escavaçäo na região postenor do pigóforo. Parâmeros ausentes. Placa basal ampla, maıs larga que a phallotheca. Processus capitati robustos, conetivos dorsais em fomıa de taça. Phallotheca pequena, representando menos da metade do comprımen-to do phallus; presente 1 par de pequenos processos ventraıs apıcaıs digitiforrnes (pro-cesso 1 da phallotheca) e 1 + 1 processos dorso-lateraıs (processo 2 da phallotheca) junto à placa basal. ConJuntiva amplamente expandida, com 4 pares de processos, sendo 1 par ventral (processo l da conjuntiva), 1 par lateral (processo 2 da conjuntiva) e 2 pares dorsais (processo 3 da conjuntiva, processo 4 da conjuntiva). Processo 3 da conjuntiva muito esclerotinizado, em vista lateral assemelhando-se a um “T” quase completamente encoberto pelos processos 1 e 2. Äpice dos processos da conjuntiva bastante esclerotinizados, com exceção do par mais dorsal (processo 4 da conjuntiva), cujo ápice apresenta-se suavemente arredondado e membranoso. Os processos 1, 2 e 3 da conjuntiva envolvem a vesica ventro-lateralmente. Vesica com um processo em forma de gancho (processo da vesica) curvado em direção ventral, parcialmente visível dorsal e lateral-mente, totalmente encoberto pela conjuntiva em vlsta ventral. Ductus seminis distalis longo, vánas vezes maıor que o phallus e disposto em helicóide.
Genitália Q gonocoxitos 8 moderadamente túmidos, ligeiramente mais largos que longos, com a margem posterior sinuosa, biconvexa; bordos suturais unidos em toda a sua extensão; ângulos suturais projetados sobre o gonoxito 9. Laterotergitos 8 mais lon-gos que largos. Laterotergitos 9 mais longos que largos, não alcançando o ápice da banda transversal que une os laterotergitos 8; margens intemas dos laterotergitos 9 fortemente sinuadas, as extemas moderadamente convexas. Segmento X sub-retangular, mais longo do que largo, margem posterior maior que a anterior.
Distribuição. Brasil: Pará, Rio Grande do Sul; Uruguai.
Comentários. O gênero Hypanthracos posiciona-se dentro do grupo de Pentatomini denominado seção 1 ( ROLSTON & MCDONALD, 1984) por não apresentar tubérculo ou espinho na base do 39 urostemito; assemelha-se superficıalmente a Proxys Spinola, 1837 e Padaeus Stål, 1862 pelo fácies dorsal, e a Tibraca Stål, 1860 pela forma da cabe-ça, disposiçäo do clípeo e das jugas, estrutura do rostro, forrna da carena do mesotemo, presença de dois folhetos carenados no bordo ventral do pigóforo e presença de proces-sos homólogos na phallotheca. Entretanto, Hypanthracos apresenta autapomorfias que permitem distinguí-lo facilmente de outros gêneros, como a forma e proporçäo dos artí-culos antenais, a forma do bordo dorsal do pıgóforo, a ausência de parâmeros, a forma e dimensão dos processes da comuntiva.
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.