Glyphepomis spinosa, Campos & Grazia, 1998
publication ID |
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DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.14996928 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03E2DC5A-FFE9-FF94-FBF4-FF58FE7EFDB0 |
treatment provided by |
Luisschmitz |
scientific name |
Glyphepomis spinosa |
status |
sp. nov. |
Glyphepomis spinosa sp. n.
( Figs. i, 3-6, 19, 24 -26, 36. 40)
Diagnose. Espécie de maior tamanho no gênero, comprimento médio superior a 7 mm. Coloração geral dorsalmente negra, ventralmente ferruginea com faixas laterais mais claras; superficie do corpo glabra. Pronoto fortemente declinante nos dois terços anteriores; ângulos umerais desenvolvidos em longos espinhos agudos dirigidos ântero-lateralmente, margens ântero-laterais não emarginadas. Projeções junto aos ângulos ântero-laterais do pronoto em pequenos tubérculos, situados subapicalmente em relaçäo aos ângulos ântero-laterais. Cicatrizes inconspícuas. Nos machos, ápices do sétimo segmento do conexivo desenvolvidos em espinho agudo; nas fêmeas, margem posterior dos laterotergitos 8 em espinho agudo.
Descrição. Pronoto fortemente declinante nos dois terços anteriores; projeções junto aos ângulos ântero-laterais em pequenos tubérculos, situados subapicalmente em relação aos ângulos ântero-laterais. Margens ântero-laterais não emarginadas. Ãngulos umerais em espinhos agudos, ântero-lateralmente-dirigidos, alcançando o nível da margem anterior do pronoto (Fig. 1). Pontuações grosseiras, algumas vezes confluentes. Pontuações do escutelo como no pronoto. l-lemiélitros apresentam pontuações ligeiramente menores que no pronoto e escutelo. Mancha da veia radial conspicua, ocre-amarelada. Fêmures castanhos, manchados de negro nos três quartos apicais dos primeiro e segundo pares de pemas e no terço apical do terceiro par.
Ãngulos póstero-laterais do sétimo segmento do conexivo dos machos em espinho agudo, os demais rombos.
cr. Medidas. As medidas foram tomadas de uma amostra de oito indivíduos. Comprimento total 7,35 (6,81 -7,87); cabeça: comprimento 1,46 (l, 3l-1,56), largura 1,60 (l,52- l, 64); comprimento dos artículos antenais: l 0,43 (0,41 -0,49), II 0,29- 0,37 (0,33), III 0,69 (0,66-0,74), IV 0,62 (0,57-0,66), V 0,96 (0,90-0,98); pronoto: comprimento 1,58 (1,48-l, 64), largura 95,16 (4,59-5,82); escutelo: comprimento 2,69 (2,46-2,87), largura 2,68 (2,38-2,87); largura abdominal 4,08 (3,77-4,43).
Genitália. Margem posterior do folheto interno do bordo ventral bissinuada sutilmente ( Figs. 3, 4, fibv). Projeções cônicas com ápice truncado, ligeiramente túmido ( Figs. 3. 6, pen). Margem lateral externa das projeções cônicas com apenas um dente próximo ao ápice (Fi g. 3, dp). Bordo dorsal subretilineo ( Fig. 3, bd). Abertura da taça genital reduzida. Segmento X alargado na base, superficie dorsal moderadamente convexa ( Fig. 19). Phallus: processos ventrais da phallotheca com cerca de 2/3 do comprimento e quase o dobro da largura dos processos ventrais da conjuntiva, estes quase alcançando o processo ventral da vesica (Figs. 25, 26, prc2, prph2, prvv). Processos dorso-laterais da conjuntiva com ápice em ponta única (Fig. 26, prcl). Processo dorsal da vesica com a margem posterior bissinuada ( Fig. 24, prvd). Processus capitatí com a metade do comprimento da phallotheca ( Figs. 24, 25, pc). ~
9. Semelhante ao macho. Ângulos póstero-laterais dos segmentos do conexivo rombos. Medidas. As medidas foram tomadas de uma amostra de 10 individuos. Comprimento total 7,76 (7, l 3-8,12); cabeça: comprimento 1,51 (1,39- 1,64), largura 1,66 (1,60-l, 72); comprimento dos artículos antenais: 1 0,46 (0,41 -0,49), II 0,34 (0,29-0,37), Ill 0,73 (0,66- 0,82), IV 0,66 (0,62-0,70), V 1,15; pronoto: comprimento 1,61 (l,48- l,72), largura 5,40 (4,92-5,82); escutelo: comprimento 2,94 (2,79-3,12), largura 2,87 (2,62-3,03); largura abdominal 4,45 (4, 1 8-4,67).
Genitália. Laterotergitos 8 mais longos que largos e projetados em espinho agudo, muito mais longos que os laterotergitos 9 (Fig. 36, la8, la9). Laterotergitos 9 com a margem lateral extema uniformemente convexa, e a margem lateral intema fortemente sinuada (Figs. 36, 40, la9). Espessamento secundário da gonapófise 9 subtriangular (Fig. 40, esg). Ductus receptaculi curto, tubular, não enovelado, bastante alargado considerando-se a largura do ductus na área vesicular de calibre quase igual à pars íntermedialís (Fig. 40, av, dr).
Material-tipo: BRASIL. São Paulo: Caçapava, Faz. Baldassi , holótipo a‘, 20.11.1948, Plinio col. ( MZSP) ; Mato Grosso. Porto Velho, Rio Tapirapé , parátipo 9, IV. l 964, R. T. Lima col. ( MZSP) ; Tocantins: Gurupi , parátipo a, 2 paratipos 9, 0 l. VI. 1988, K. Kishino (d, 9, AMNH, a, MZSP) ; parátipo or, parátipo 9, 24. V. l 989, idem ( MZSP) ; Goiás: Rio Formoso , 3 parátipos a, 8 parátipos 9, 111.1990, E. Ferreira, “ arroz ” (of, 39, AMNH, c, 39, UFRG, d, 29, MCNZ) ; Goiânia, parátipo c, l l. II.1976, Ev. Vogel ( AMNH) ; São Paulo: Pindamonhangaba , parátipo o, 21.VIII.1988, “ arroz ” ( MZSP) .
Distribuição geográfica: Brasil: Mato Grosso, Tocantins. Goiás, São Paulo.
Comentários. G. spinosa apresenta várias características exclusivas, tais como, forte declive anterior do pronoto, ângulos umerais desenvolvidos em espinhos e margens ântero-laterais não emarginadas, ápice do sétimo segmento do conexivo dos machos desenvolvido em espinho, margem lateral extema das projeções cônicas com um único dente, margem posterior dos laterotergitos 8 projetada em espinho, e diâmetro do ductus receptaculí. A presença e a posição dos tubérculos ântero-laterais do pronoto são estados de caracteres compartilhados com G. setigera .
MZSP |
Brazil, Sao Paulo, Sao Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo |
AMNH |
USA, New York, New York, American Museum of Natural History |
UFRG |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biologia |
MCNZ |
Brazil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Museu de Ciencias Naturais da Fundacao Zoo-Botanica do Rio Grande do Sul |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.